Investimento de R$ 6 bilhões vai gerar 7 mil empregos em Lençóis, Bauru e Botucatu

A compra da Lwarcel Celulose pela Royal Golden Eagle (RGE) deve gerar até 7 mil empregos na região de Bauru, com investimento previsto de R$ 6 bilhões em dois anos e meio. A aquisição foi concretizada no ano passado, conforme o Jornal da Cidade noticiou e, agora, diretores da empresa estarão no País para reuniões com o governo estadual, onde devem apresentar as propostas de ampliação em Lençóis Paulista e também em Bauru e Botucatu.

O presidente mundial da RGE, Anderson Tanoto, se reuniu com João Doria em Davos, na Suíça

O governador João Doria (PSDB) foi ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, e, na última quarta-feira (23), se reuniu com o presidente mundial da RGE, Anderson Tanoto.

O presidente da empresa vem hoje ao Brasil e, na semana que vem, tem encontro marcado novamente com Doria, quando outros pontos devem ser apresentados. “Este é um dos maiores grupos econômicos e investidores do mundo. A criação de empregos diretos será de sete mil para os próximos 30 meses”, disse Doria, por meio da assessoria de comunicação do governo do Estado.

A Lwarcel destaca que o investimento ocorrerá na região de Lençóis Paulista, com previsão de geração de até 7 mil empregos no pico do processo de ampliação, que tem previsão de conclusão até 2021.

A multinacional indonésia deve se tornar a líder mundial na produção de celulose solúvel com a ampliação que acontecerá na região e confirmou que deve gastar de R$ 5 bilhões a R$ 6 bilhões, inicialmente. A empresa já atua no País com a Bracell Limited, na Bahia e, agora, pretende investir no Interior Paulista, visando chegar até a liderança no mundo.

PLANTIO

O prefeito Clodoaldo Gazzetta (PSD) recebeu, no ano passado, diretores da empresa para firmar um convênio de parceria na conservação de estradas rurais e, na época, o grupo já sinalizava a intenção de investir em Bauru na compra de áreas para o plantio de eucaliptos.

Nesta primeira etapa, não há previsão de instalação de unidades de produção em Bauru e também em Botucatu, mas, daqui a alguns anos, essas cidades podem receber uma fábrica. “A empresa vai fazer um investimento grande na região e o que eles já nos falaram é que haverá uma compra de várias áreas para o plantio de eucalipto em Bauru. Eles, inclusive, assinaram um termo de cooperação com a prefeitura para a conservação das estradas rurais. Por enquanto, não há previsão de que uma fábrica seja construída aqui, mas a compra de áreas para plantio já deve gerar cerca de 3 mil empregos apenas na cidade”, afirma.

Gazzetta cita que o município estará aberto a novos contatos dos empresários caso a Lwarcel tenha a intenção de ampliar sua atuação na região.

Compra da empresa de celulose ocorreu em 2018

A RGE comprou a Lwarcel no ano passado. A empresa pertencia ao grupo Lwart, que começou em Lençóis Paulista. Os valores da negociação do acordo não foram anunciados, mas são estimados em R$ 2 bilhões, incluindo R$ 250 milhões em dívidas da empresa.

A aquisição fez com que a RGE ficasse com os ativos florestais, mas não com as terras, que são arrendadas ou através de parcerias com produtores.

A empresa que comprou a Lwarcel tem como pretensão se tornar a líder mundial na fabricação de celulose. A produção anual vai passar de 250 mil toneladas para 1,5 milhão de tonelada, estima a multinacional.

Cidade vive crescimento econômico na área rural

Com uma economia baseada no comércio e serviços, e com participação da indústria, a cidade de Bauru deve ter uma nova fase de investimentos na agropecuária. Nesta semana, a empresa Jaguacy, de produção e comercialização de avocado, anunciou a contratação de 400 funcionários, em diversas vagas, que estão disponíveis no site Emprega Bauru, conforme o JC anunciou.

Nos próximos anos, a área rural pode ter a criação de mais empregos com o plantio de eucaliptos da Lwarcel. O prefeito Gazzetta frisa que essas empresas começaram a investir após a revisão do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) do Água Parada e da regulamentação do alvará para empresas rurais, ambos concluídos no ano passado. “Essas revisões legais permitem que as empresas façam os investimentos e a geração de empregos, o que será muito importante para que mais pessoas estejam no mercado”, comenta. (Jcnet)

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