Sem título…

No final da década de 1960 do século vinte, um caso deixou muita gente perplexa na cidade. Um garoto de aproximadamente sete anos, com diversos problemas de saúde não caminhava, não tinha resistência nas pernas. Os pais, apesar de pobres e da carência de tecnologia médica da época,  submeteram o menor a muitos exames na própria cidade e em clínicas especializadas de grandes centros como Ribeirão Preto, Campinas e São Paulo. A maratona começou logo após familiares perceberem as limitações do menino e durante quatro  ou cinco anos foi um verdadeiro corre-corre em busca de solução. Não obstante a dedicação dos pais e a abnegação dos profissionais de saúde, o tratamento não prosperava e a cada dia os problemas se agravavam.  Numa manhã de sábado, mãe, avó e o garoto se dirigiram a uma farmácia da cidade em busca de um paliativo que pudesse pelo menos amenizar as fortes dores que a moléstia desconhecida causava ao menino. Na volta, próximo à praça central da cidade, as duas mulheres que se alternavam no transporte, foram interpeladas por um velho homem que quis saber o que acontecia com o menor. Com a permissão da mãe, aquele senhor conversou cerca de dez minutos com menino enfermo, e olhando para as mulheres afirmou que ele andaria ainda naquele dia.  Céticas, até sorriram, mas para quem estava cansada de frequentar clinicas, consultórios e hospitais que mal faria uma oração daquele ancião? Pouco minutos depois, o menino acanhadinho que nem conseguia sorrir, pediu para descer dos braços da mãe e pôs-se a correr. As mulheres não conseguiam acompanhar, dada a vitalidade daquele que poucos minutos atrás era quase um moribundo.  Ao chegarem em casa, relataram o ocorrido aos familiares que saíram em busca do homem tentando encontrá-lo e de alguma forma agradecer-lhe pelo feito. Procuram por cerca de duas horas e não conseguiram ver quem foi o tal benfeitor. Atualmente o menino é um senhor sexagenário que goza de excelente saúde.