Em Tóquio 2020, o Brasil bateu o recorde de medalhas em uma única edição e muito disso aconteceu pelo fato de que a competição contou com seis novos esportes em relação aos últimos Jogos — a maior taxa de inclusão desde 1920.
Entre os esportes debutantes que o Brasil conseguiu se exceder, estão o surfe e o skate, por exemplo, que renderam excelentes histórias e medalhas para o país.
Para a próxima edição, disputada em Paris 2024, o breakdancing já está confirmado como a nova modalidade que vai entrar no calendário de competições. E o futuro, como fica? Em Los Angeles 2028 e Brisbane 2032 estão algumas opções bem interessantes e inusitadas que podem marcar presença nesses eventos.
Cheerleading
É criativo, artístico e requer habilidade física. A habilidade de animar a torcida, chamada nos Estados Unidos de “cheerleading”, é uma tradição já bastante antiga nos esportes americanos e que está ganhando espaço no mundo inteiro.
Em julho de 2020, o Comitê Olímpico Internacional (COI) votou a favor do reconhecimento completo da International Cheer Union (ICU), liberando caminho para que a modalidade eventualmente possa aparecer nos futuros Jogos Olímpicos.
Muito da aprovação do COI a favor desse esporte está pela sua rápida expansão de popularidade em diversos países. Existe uma competição chamada The Worlds, um evento que normalmente reúne aproximadamente 9.000 atletas do mundo inteiro em competições de cheerleading — neste ano, foi realizado em maio, na Flórida.
De acordo com Jeff Webb, fundador da Varsity Spirit e da Universal Cheerleaders Association (UCA), a competição pode pintar como novidade nos Jogos Olímpicos de 2028, em Los Angeles.
Futsal
Todas as edições dos Jogos Olímpicos são pautadas pela mesma pergunta: qual o motivo de não ter futsal? Afinal, a modalidade é muito popular em diversos países e é praticada em alto nível por homens e mulheres.
O principal entrave para a adição do futsal nos Jogos Olímpicos é a rixa entre o COI e a Fifa, visto que as duas identidades não contam com diálogo constante entre si.
No entanto, a maré parece está mudando a favor do futsal, principalmente pelo fato de que a modalidade entrou para os Jogos Olímpicos da Juventude, edição que aconteceu em 2018, em Buenos Aires.
Após as Olímpiadas do Rio 2016, houve uma campanha muito grande para que o futsal ingressasse nas Olimpíadas, com jogadores e influenciadores fazendo apelo para tal.
Dessa maneira, é possível que o futsal logo esteja no calendário dos Jogos Olímpicos, seja para Los Angeles 2028 ou Brisbane 2032.
Poker
O poker tem todos os requisitos para se tornar uma modalidade olímpica. É popular, não tem limite de idade, homens e mulheres competem e tem apelo do público.
É por isso que a International Match Poker Federation, conhecida como IFMP, vem fazendo avanços para colocar a modalidade nos Jogos Olímpicos. O Brasil está no rol de uma das federações do poker, ao lado de outras 50 nações que também fazem parte dessa lista.
O objetivo da IFMP é colocar a modalidade em evento de teste para Paris 2024 e também receber reconhecimento oficial do COI. Caso isso aconteça nos próximos anos, e as chances são boas, há a probabilidade real do esporte contar com uma vaga no calendário de competições de Los Angeles 2028.
Caso o poker algum dia se torne modalidade olímpica, o Brasil estará muito bem representado nas diferentes variantes do jogo. Atualmente, dos quatro melhores jogadores online do planeta, três são brasileiros. No poker ao vivo, o país conta com algumas lendas, como o paulista André Akkari — que já venceu o campeonato mundial do esporte, em Las Vegas.
Futebol de areia
O entrave do futebol de areia para os Jogos Olímpicos é parecido com o futsal. Por ter a Fifa como sua entidade máxima, o beach soccer carece de maior diálogo com o COI e por isso a modalidade não tem a boa e velha politicagem necessária para entrar nos Jogos.
Assim como o futsal, porém, o cenário vem mudando aos poucos. O futebol de areia já é figurinha garantida nos Jogos Olímpicos Europeus, que são realizados sempre um ano antes dos Jogos Olímpicos.
Além disso, a modalidade conta com grande apoio no mundo todo e tem altos índices de audiência em competições de alto escalão. Apesar de não estar nos Jogos Olímpicos da Juventude, a modalidade tem um caso forte para entrar nas próximas edições.
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