Piadas de caipira

Mais forte que…

Na fazenda dois homens estão conversando e um pergunta para o outro:

– Você é mais forte do que uma galinha?

– Sim, claro! – responde o outro.

O primeiro diz:

– Então bote um ovo!

Cortando caminho

Um homem pergunta para um fazendeiro perto de um grande campo gramado:

– Senhor, você se importaria se eu cortasse caminho pelo seu campo para chegar na estação de trem mais rápido? Eu já estou atrasado e tenho que pegar o trem das 16:25.

O fazendeiro responde:

– Pode sim, claro! E se meu touro ver você, aposto que você vai conseguir pegar até o trem das 16:10.

Caipira no médico

O caipira vai a uma consulta e o médico pergunta:

– O que senhor tem?

O caipira responde:

– Uma muié, uma vaca e uma galinha…

– Não é isso… O que o senhor está sentindo?

– Ah, tá! Vontade de largá a muié, vendê a vaca e comê a galinha com quiabo!

Disputa pelo pato

Numa caçada pelo interior, um homem bem-vestido de Estocolmo mira e derruba um pato selvagem. Mas a ave cai no terreno de uma fazenda, e o fazendeiro diz que é dele.

– O pato é meu – protesta o citadino.

Como ninguém cede, o fazendeiro sugere resolver o problema à moda antiga:

– Com o pontapé caipira.

– O quê?

– Eu lhe dou um chute bem forte na virilha, depois você faz o mesmo comigo. Quem de nós dois gritar menos leva o pato.

O homem bem-vestido concorda. Então o fazendeiro se prepara e dá um pontapé daqueles nas “partes íntimas” do outro, que cai no chão e fica ali por uns vinte minutos. Quando consegue se levantar, diz, ofegante:

– Agora é minha vez.

– Nada disso – protesta o fazendeiro, se afastando. – Você pode ficar com o pato.

Conhecendo o trem

Era uma vez um caipira que passou perto da estação de trem, espantado pelo barulho do trem, voltou para casa. Muitos meses se passaram e o filho dele ganhou um pequeno trenzinho do tio. Nervoso o caipira pegou um pau e quebrou todo o brinquedo e explicou:

– Eu vi um desse mais grande! Por isso tem que matar ele enquanto são pequenos!

E-mails do novo vendedor

Um gerente de vendas recebeu o seguinte e-mail de um de seus novos vendedores:

“Seo Gomis, o criente de Belzonti pidiu mais cuatrocenta pessa. Faz favô di tomá as providenssa. Abrasso, Nirso”

Aproximadamente uma hora depois, recebeu outro e-mail:

“Seo Gomis, os relatório di venda vai xegâ trazado proque nóis tá fexano umas venda. Temô di mandá mais treis mir pessa. Amanhã tô xegano. Abrasso, Nirso”

No dia seguinte, mais um e-mail:

“Seo Gomis, num xeguei pucauza de que vendi mais deis mir pessa em Beraba. Tô ino pra Brazilha. Abrasso, Nirso”

No outro dia:

“Seo Gomis, Brazilha fexô vinte mir. Vô pra Frolinopis e di lá pra Sum Paulo nu vinhão das cete hora. Abrasso, Nirso”

E assim foi o mês inteiro.

O gerente, muito preocupado coma a imagem da empresa frente aos clientes, levou ao presidente as mensagens que recebeu do vendedor.

O presidente escutou atentamente ao gerente e disse:

– Deixa comigo! Eu tomarei as providências necessárias. E as tomou…

Redigiu de próprio punho o seguinte um aviso e o afixou no mural da empresa, juntamente com os e-mails do vendedor:

“A partí di ogi nóis tudo vamô fazê feito o Nirso, vamô si priocupá menus im iscrevê serto, módi vendê mais. Acinado, O Prezidenti.”

Zé da árvore

Morando em uma cidadezinha do interior, Zé era dono de uma casinha bem cuidada, com um belo jardim na frente e que contava com o destaque de uma árvore muito bonita. Por causa dessa árvore, Zé recebeu um apelido. Era Zé da Árvore pra cá, Zé da Árvore pra lá.

Muito tempo depois, Zé já estava irritado com a forma que lhe chamavam e decidiu cortar a árvore para dar fim ao apelido. Mas após cortar a árvore sobrou um toco, e não deu outra, começaram a chamá-lo de Zé do Toco.

Contrariado com o novo apelido, Zé contratou um tratorista para remover o toco do jardim. Mas não deu outra, o buraco que restou lhe rendeu o apelido Zé do Buraco.

Indignado com o apelido mais recente, Zé decidiu ele mesmo tapar o buraco no mesmo dia. E desse dia em diante ele ficou conhecido pela alcunha de Zé do Buraco Tapado.

Preocupado com as galinhas

– Ô cumpadi, vamo na igreja?

– Ai cumpadi não posso ir não por causa das minhas galinhas.

– Não esquenta a cabeça não, Deus cuida.

Pois aí chegaram na igreja e o Padre fala:

– Deus está aqui!

– Viiiiixii, cumpadi, minhas galinha foi-se tudo.

Maior pedaço

Zé e Cráudio prepararam um almoço juntos, e só haviam 2 pedaços de carnes na panela. Zé se serviu primeiro e pegou logo o maior pedaço de carne, mas Cráudio reclama:

– Uai Zé, cê num pode fazê isso não!

– Isso o quê, Cráudio?

– Cê foi o primero a pegar a comida, e colocô o maior pedaço pro cê. É farta de educação.

– Se fosse o cê, qual iria pegá?

– Uai Zé, o menor.

– Então tá tudo joia, de todo jeito o maior ia ser meu mermo.

Caipira no avião

Certa vez o caipira decidiu visitar o seu compadre, e como a distância era muito grande, pela primeira vez ele iria andar de avião. E lá estava ele, todo despreocupado, o avião já havia decolado e já estava no meio do percurso. Pegou seu cigarro de corda, acendeu e começou a fumar. De repente a aeromoça apareceu e, vendo aquele fumaceiro todo dentro do avião, foi logo dizendo para o caipira:

– Meu senhor, você não sabe que é proibido fumar dentro da aeronave?

E o caipira responde:

– Então abre a porta que eu vô pitá lá fora.

A velhinha e o caipira

O caipira estava pescando no rio com a vara de pescar na mão e uma folhinha de capim na boca. De repente chega uma velhinha numa cadeira de rodas, se aproxima dele e puxa conversa. Conversa vai, conversa vem até que a velhinha diz:

– Olha pra mim, meu filho, eu nunca fui abraçada.

O caipira coloca a vara no chão, tira a folhinha de capim da boca, dá um abraço na velha e depois volta pra pescaria.

Depois de algum tempo a velha torna a dizer:

– Olha pra mim, meu filho, eu nunca fui beijada.

O caipira coloca a vara no chão, tira a folhinha de capim da boca, dá um beijo na velha e depois volta pra pescaria.

Depois de mais algum tempo a velha diz:

– Olha pra mim, meu filho, eu nunca fui amassada.

O caipira coloca a vara no chão, tira a folhinha de capim da boca, dá um amasso na velha e depois volta pra pescaria.

Passou-se mais um tempo e a velha diz:

Olha pra mim, meu filho, eu nunca fui fodida.

O caipira coloca a vara no chão, tira a folhinha de capim da boca, coloca a velha na grama, quebra a cadeira de rodas, a joga no rio e diz pra velha:

– Agora a senhora tá fodida! Quero ver a senhora voltar a pé.

Sentimento do caipira

Dois amigos caipiras se encontram cinco anos depois.

– E aí cumpade como que ocê tá?

– Eu to bem e tu?

– Tô bem não cumpade.

– Mas o que houve com ocê?

– Perdi a única vaca que eu tinha.

– Ô cumpade, sua irmã morreu, foi?

A coisa do burro

Certo dia a netinha foi para a fazenda da vovó tirar férias chegando lá ela perguntou a vovó:

— Vovó o que é aquilo pendurado de baixo do burrinho?

— Netinha querida aquilo é “qualquer coisa” do burro.

No outro dia a netinha teve que preparar o almoço porque a vovó havia ficando doente. Querendo agradar perguntou:

— O que posso fazer de almoço vovó?

A vovó sem pensar no erro que estava cometendo, respondeu:

— Qualquer coisa, querida!

Pastel na cidade grande

O caipira tinha que ir para a cidade grande resolver um problema, mas como não queria passar vergonha na cidade grande, ficou treinando a fala na frente do espelho:

— Paster… paster… paaster… paster… — e dias se passaram. — Pasterlll… paasterlll… PASTEL! — pronto, o treinamento deu certo.

Chegando na rodoviária, foi logo entrando em uma pastelaria:

— Por favor, me dê um PASTEL!

— Pois não, senhor, de qual sabor?

— DE PARMITO, UAI.

Postes na zona rural

Em plena planície, técnicos instalavam linhas de transmissão de energia nos postes. A certa altura, passa um caipira no seu trator, e ao ver os homens trabalhando começa a rir. O técnico irritado pergunta qual o motivo da risada, e o caipira ainda rindo exclama:

— Vê-se mêmo que são tudo bobão da cidade. Montaram a cerca tão alta que o gado vai passá por baixo.

Pílula do rejuvenescimento

Dois caipiras estão proseando debaixo de uma árvore, quando um deles comenta:

— Ôce sabia, que meu vô de 83 anos é inventô? E ele acabou de inventá uma tar de pílula do rejuvenescimento?

— Rejuvesssc… O que é isso cumpadi?

— Essa tar de pílula, ôce toma e vai ficando mais moço, e meu vô, isprementô nele mesmo!

– E o que aconteceu?

— Ele tomou uma pílula e vortou a ter sessenta anos!

— Noooossa! E dispois?

— Ele quis fica mais moço ainda e tomou outra pílula a vortou a ter quarenta anos!

— Eita, sô.

— Num tava sastifeito e tomou mais uma pílula e vortou a ter vinte anos!

— Uai! Aí ele sossegou?

— Quar nada! ele falou qui quiria ficar iguar a um nenezinho novinho, tomou mais uma pílula e vortou a ficar com um ano e meio!

— Nossa senhora, sô, e o que aconteceu dispois?

— Aí, ele pegou sarampo e morreu!

Leão escapa da jaula

O mineirinho vai ao circo no interior, a platéia está lotada. Ele só consegue um lugarzinho na última fila da arquibancada. Se senta e dá uma ajeitadinha no saco bem no meio de duas tábuas vergadas.

Alguns minutos depois, um leão escapa da jaula. O público se levanta e ameaça debandar. O mineirinho grita gemendo de dor:

— Senta, que o leão é manso!

Casal de veios mineros

Conversa de um casar de véios minero:

— Que horas são?

— São seis hora véi, vamo levantar…

— Pra que a gente levantá tão cedo se a gente num tem nada pra fazer?

— Pra proveitá a vida, uai?

— Eu proveitava a vida quando era moço e sortêro.

— Se quiser ficar sortêro é só falá!

— Eu não. A única vantagem do casamento é tê arguém pra turar a gente dispois de véio, eu queria era vortá a sê moço, uai.

— Pare de sonhá e vamo levantá pra proveitá esse dia grorioso!

— Nossa, como a senhora tá bem humorada hoje, heim véia? Sonhô com o passarin verde?

— Muito mió, eu sonhei que era o meu aniversário e eu ganhei um balaio enoooorme cheio de pinto!

— Piiiinto?

— É véio, pinto… Desses que ocê usava até um tempinho atráis…

— Mas ocê sonhou com um balaio cheio de pinto?

— Cheim de pinto; tinha pinto de tudo quanté jeito; tinha pinto grande, piqueno, fino, grosso, preto, branco, um mais bunito que o outro…

— E o meu? O meu tamém tava no balaio?

— O seu? Tava lá num cantinho incuidinho, todo ismiriguido coitadinho!

No dia seguinte:

— Boooom dia, vamo levantá minha véia, vamo levantá, vamo proveitá a vida.

— Nossa? Como ocê tá bem humorado hoje véio! Sonhô com o passarin verde?

— Muito mió. Eu sonhei que era o meu aniversário e eu ganhei um balaio enooooorme, cheio de xoxóta.

— Verdade véio?

— Verdade verdadeira! Tinha xoxóta de tudo a qué jeito: piquinininha, grandona, loira, morena, ruiva, raspada, piluda; uma mais linda que a outra.

— E me diga uma coisa véio, a minha tamém tava lá?

— Ora, craro! A sua é que era o balaio!

Mineiro fazendo xixi

O mineirinho estava fazendo xixi perto de uma cerca de uma grande fazenda. Um homem que passava pela estrada á pé, observou o que o mineirinho falava enquanto fazia xixi:

— Eta trem bão, sô! Nada como a gente fazê xixi no que é nosso, sô!

O homem curioso aproximou-se do mineirinho e perguntou:

— Boa tarde senhor, desculpe-me eu lhe perguntar mas este fazendão todo é do senhor?

E o mineirinho respondeu:

— Né não senhor, eu tô falando é das minhas botas.

Mineirinhos na beira da estrada

Três mineirinhos estavam sentados à beira de uma estrada pela manhã quando passa um carro em uma velocidade que só deu pra ver a cor. Uma hora depois o primeiro fala:

— Era Volkswagi.

Depois do almoço os três se encontram na mesma estrada e outro fala:

— Era não! Era Fórdi.

E de noitinha, novamente na estrada, o terceiro:

— Óia, eu vô imbora que num gosto de discussão.

Esposa do Mineirinho

O mineirinho acompanha a esposa ao médico ginecologista, que faz o diagnóstico:

— Meu senhor, sua esposa está precisando de verdura, ferro e cálcio.

E o mineirinho:

— Uai, dotô… Ver dura, ela tá sempre veno.

— Ferro, leva quastodia.

— Agora, se o senhor pudé colocá um cárcio, eu agardeço pruque ela tá meiforgada memo!

Mineirinho no shopping

Um minerinho de 15 anos de idade e seu pai entraram em um shopping pela primeira vez. Eles ficaram impressionados com quase tudo o que viram, mas especialmente por duas brilhantes paredes de prata que poderiam abrir e fechar. O menino perguntou:

— Ô que é isso, pai?

O pai, respondeu:

— Ô meu fi, nunca vi nada parecido com isso na minha vida, sei o que é não.

Enquanto os dois estavam assistindo com perplexidade, uma senhora idosa, chegou perto das portas e apertou um botão. As portas se abriram e a senhora passou entre elas e entrou em um quarto pequeno. As portas fecharam e o menino e seu pai observavam o pequeno número acima das portas acender sequencialmente. Eles continuaram a assistir, até que chegou o último número. E depois os números começaram voltar na ordem inversa. Finalmente, as portas se abriram novamente e uma linda loira de mais ou menos 24 anos, saiu do quartinho. O pai, sem tirar os olhos da moça, disse ao seu filho:

— Vái buscá sua mãe agora!

Não vá ali

Um oficial do DEA (Drug Enforcement Administration) vai a uma fazenda, no Texas e diz ao dono, um velho fazendeiro:

— Preciso inspecionar sua fazenda por plantação ilegal de maconha!

O fazendeiro responde:

— Ok, mas não vá naquele campo ali — diz, apontando para uma área cercada.

O oficial, puto da vida, diz indignado:

— O senhor sabe que tenho o poder do governo federal comigo? — e tira do bolso um crachá mostrando ao fazendeiro. — Este crachá me dá a autoridade de ir onde quero… e entrar em qualquer propriedade. Não preciso pedir ou responder a nenhuma pergunta. Está claro? Fiz-me entender?

O fazendeiro todo educado pede desculpas e volta para o que estava fazendo.

Poucos minutos depois o fazendeiro ouve uma gritaria e vê o oficial do governo federal correndo para salvar sua própria vida perseguido pelo Santa Gertrudes, o maior touro da fazenda. A cada passo o touro vai chegando mais perto do oficial, que parece que será chifrado antes de conseguir alcançar um lugar seguro. O oficial está apavorado. O fazendeiro larga suas ferramentas, corre para a cerca e grita com todas as forças de seus pulmões:

— Seu crachá! Mostre o seu CRACHÁ!

O mineirinho e a americana

Um mineirinho bom de cama, passando por New York, pega uma americana e parte para os finalmentes. Durante a relação, a americana fica louca e começa a gritar:

— Once more, once more, once more!

E o mineirinho responde desesperado:

— Beozonte, Beozonte, Beozonte…

Caipira imundo

O caipira, que tinha passado o dia lidando com a criação, precisa ir buscar umas coisas na cidade. Vai do jeito que está, com a roupa imunda, fedendo a suor. Está passando pela pracinha com a charrete, quando um senhor, todo engravatado, com cara de almofadinha, fala:

— Porco!

E o caipira, estendo a mão:

— Prazer! José Gerônimo!

O fim está próximo

Dois amigos caipiras estavam pescando à beira de uma estrada. Perto do lugar onde se situavam, eles fixaram uma placa com os dizeres: “O fim está próximo! Mude de rumo antes que seja tarde!”

Um motorista que estava passando no local gritou para os dois:

— Não me encham a paciência, seus malucos ! Você não sabem o que estão falando. Que bobagem é essa?

Pouco tempo depois, eles ouviram um barulho muito alto. Um dos amigos falou para o outro:

— Eu estava pensando…

— Diga.

— Você não acha que era melhor a gente só ter escrito na placa “Ponte quebrada à frente”?

Tipo sanguíneo

Durante o exame geral o médico pergunta para o caipira:

— Você sabe qual o seu tipo sanguíneo?

O caipira responde meio hesitante:

— Oia dotô, eu acho que é do tipo vermeio!Promessa do feijão

Dois compadres resolveram pagar uma promessa feita para “Nossa Senhora de Abadia” no Triângulo Mineiro. O milagre atendido pela santa foi tão grande que os dois resolveram colocar três feijões em cada botina e ir caminhando cerca de 80 quilômetros, e assim fizeram. Andaram mais ou menos 5 quilômetros e um dos compadres ficou um pouco para trás.

— Vamo, cumpade! Assim nóis num chêga a tempo pra missa.

— Ai sô! Num sei se essa ideia de colocá os fejão na butina foi boa não!

Andaram mais uns 5 km e o compadre já se arrastava e ficando cada vez mais para trás.

— Ô cumpade, num tô guentano mais os meus pé.

— Êita sô! Intão vamo arriá de baixo daquela árvore ali.

O que estava bem, sentou-se tirou a botina, estalou os dedos e deu um belo góle numa pinga. O outro se arrastando e reclamando, mal conseguiu tirar as botinas e nem quis saber da pinga.

Ao ver que os pés do amigo estavam à flor da pele, disse:

— Que que isso cumpade? Seus pé ta té pareceno que ocê tava andano discarço na braza!

— Pois é sô! Os fejão cabô com meus dedo tudo!

— Uai cumpade! Ocê num cuzinhô os fejão antes não?

O curandeiro e o mineirinho

O rebanho do mineirim estava doente, morrendo; ninguém conseguia curar. O veterinário da cooperativa de Guaxupé já tinha tentado todos os tratamentos possíveis. Aí ficou sabendo que havia um curandeiro nas redondezas, lá pros lados de Jacuí, que fazia umas rezas e benzeções e era a única pessoa que poderia salvar seu rebanho e o chamou.

O curandeiro disse que salvaria o gado do mineirim, mas que, para isso, teria que ficar trancado no quarto sozinho com a mulher dele — (uma morena gatíssima) — para fazer o ritual.

O caipira ficou meio preocupado, mas topou. Afinal, era a única maneira de salvar o seu gadinho…

O benzedor apanhou um pedaço de pau no quintal, foi para o quarto com a moça, apagou a luz e começou:

— Passo o pau nos joeio, pra curá os boi vermeio!

— Passo o pau nas coxa, pra curá as vaca mocha!

— Passo o pau na viría, pra curá as novía!

Nesse ponto, o mineirim, que estava ouvindo o ritual com o ouvido colado na porta, gritou depressa:

— As vaca preta e os boi zebú cê pode dêxá morre!

Conteúdo escrotal de testículos

Um grupo de estudantes da UFPI foi fazer uma pesquisa no recanto mais seco e desolado do Ceará, para descobrir como aquelas famílias conseguem sobreviver naquela seca tremenda.

Chegando lá se hospedaram em casa de um sertanejo muito pobre. Moravam 29 pessoas numa pequena tapera de cerca de 10 metros quadrados de pura indigência.

Começaram a observar os hábitos daquela família. Tudo anotavam. Nada escapava dos olhares daqueles estudantes sedentos de descobertas.

Uma certa noite, reunidos no pequeno terreiro, céu pleno de estrelas, uma maravilha só, conversavam quando uma palavra chamou a atenção de um dos jovens; o chefe da família sempre se referia ao conteúdo escrotal de testículos. O jovem estranhou essa palavra tão difícil ser pronunciada naquela região remota. Não contendo a curiosidade, perguntou:

— Meu caro amigo, me admira muito o senhor, aqui nessa região sem cultura, isolado do resto do mundo, onde falta comida, água, escola, as crianças vivem se protegendo embaixo das árvores para o vento não carregá-las, e o senhor fala tão difícil… que cultura!

O calejado senhor respondeu:

— Cultura nada, meu rapaz. É previnição mesmo. Ocê já pensou, nesta seca danada, nesta fome tremenda, se eu dissesse que isso aqui é ovo eu já estava capado há muito tempo!

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