Outubro Rosa alerta para a prevenção do câncer de mama

Chegamos no mês de conscientização sobre o câncer de mama. O Outubro Rosa tem tornado o assunto mais evidente, alertando as mulheres dos riscos, da necessidade de fazer exames periódicos e de procurar ajuda médica. “A campanha também tem levado a mais discussões sobre o assunto na mídia, alcançando um grupo bem maior de mulheres nos dias de hoje”, diz Silvia Mendes, mastologista do Sistema Hapvida NDI.

Segundo a especialista, não existe uma causa única para o surgimento da doença, mas uma soma de fatores, da genética ao estilo de vida. Mulheres com história familiar de câncer de mama, principalmente na mãe, irmã ou avó, têm maior risco, assim como aquelas que já passaram dos 50 anos, não tiveram filhos ou que ficaram grávidas após os 30 anos.

Um desses fatores, segundo a médica, está relacionado ao ciclo menstrual. Muitos anos com produção hormonal constante aumentam os riscos, o que ocorre com as mulheres com menarca (primeira menstruação) precoce, ou menopausa tardia, após 55 anos. Entre os fatores ambientais, Silvia cita o fumo e a obesidade. Apesar de ser predominante no sexo feminino, os homens também podem ter câncer de mama, mas, segundo a médica, apenas 1% deles desenvolverão a doença.

De acordo com a mastologista, o diagnóstico é feito por meio do autoexame de mamas e de exames como mamografia, ultrassom, ressonância magnética e biópsia, com amostras obtidas por punção ou, quando necessário, excisional, em que todo o tumor é retirado. “No autoexame, a mulher pode perceber precocemente qualquer mudança em sua mama e procurar ajuda médica o mais rápido possível. A mamografia deve ser feita em mulheres acima de 40 anos e anualmente, de acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia”, orienta.

Com relação aos tratamentos, a médica destaca que são indicados de acordo com cada caso e podem incluir cirurgia (radical ou conservadora), quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia, além de procedimentos complementares, como terapia e fisioterapia.

Prevenção

Para diminuir as chances de ter a doença, alguns hábitos e comportamentos devem ser observados. “O recomendado é manter uma alimentação saudável, diminuindo a ingestão de açúcar e a

possibilidade de ter obesidade, e praticar uma atividade física. É importante também fazer exames periódicos e manter a rotina de consultas com o ginecologista ou mastologista, evitar o uso indiscriminado de hormônios e observar os fatores de risco. As mulheres devem ficar atentas aos sinais e sintomas de doenças das mamas”, afirma a médica.

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