Fundos imobiliários mais baratos para investir já

FIIs continuam com preços atrativos num cenário de manutenção da taxa de juros no país.

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Os fundos de investimentos imobiliários (FIIs) continuam com preços atrativos num cenário de manutenção temporária da taxa de juros no Brasil. Esse tipo de aplicação paga dividendos mensais e pode ser uma aposta importante para os cotistas que buscam renda passiva. Além disso, é uma alternativa para aumentar o patrimônio ao longo dos anos.

Influenciados por variáveis como situação do setor, composição do patrimônio e taxa de vacância, os FIIs apresentam diferentes valores. Atualmente, alguns dos disponíveis no mercado imobiliário por menos de R$ 200, considerados em conta, são CSHG Renda Urbana (HGRU11), com cota a partir de R$ 120,98; Grand Plaza Shopping (ABCP11), com cotas de R$ 74; Cartesia Recebíveis Imobiliários (AFCR11), por R$ R$102,80; e Alianza Investimentos Imobiliários (AFOF11), a R$ 91,94.

Vale lembrar que, segundo a Lei Federal n.º 9.779/1999, que regulamenta os FIIs, os fundos devem distribuir, no mínimo, 95% do lucro líquido aos cotistas, apurado conforme o regime de caixa, com base em balanço ou balancete semestral. O fundo pode ainda distribuir seus proventos até o 10º dia útil de cada mês, caso o intuito seja antecipar os lucros semestrais.

Opções de FIIs em conta

Os FIIs disponíveis no mercado imobiliário por menos de R$ 200 podem ser dos tipos tijolo, papel ou híbridos, conforme sua classificação na Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Todos eles são negociados diretamente na bolsa de valores, mas cada um tem suas peculiaridades em relação à gestão e aos tipos de ativos nos quais investe.

Os fundos de tijolo aplicam o seu patrimônio diretamente em imóveis, que podem ter destinação comercial ou residencial. O objetivo é ter retorno com a locação dos ativos imobiliários. Alguns exemplos são Continental Square Faria Lima (FLMA11), com preço de cota a R$ 124,77, e ABCP11, a R$ 73,76.

Já os FIIs de papel, chamados também de fundos de recebíveis, são compostos por títulos ligados ao setor imobiliário. Diferentemente dos fundos de tijolo, eles não possuem imóveis em seu patrimônio. Em vez disso, o gestor responsável investe em papéis que representam direitos de créditos imobiliários. Os exemplos incluem Valora CRI Índice de Preço (VGIP11), com valor de cota em R$ 87; VBI CRI (CVBI11), a R$ 89,19; e Devant Recebíveis Imobiliários (DEVA11), a R$ 85,27.

Fundos do tipo híbrido, por sua vez, investem em diferentes aplicações dentro do mercado imobiliário. Como contam com diferentes tipos de negócios do segmento, esses fundos oferecem grande diversificação de ativos. Alguns exemplos: HGRU11, com preço de cota a R$ 120,98; Max Retail (MAXR11), a R$ 77,30; e XP Log (XPLG11), a R$ 99,56.

Como funciona o FII enquanto produto

Como esclarece a B3, a bolsa de valores do Brasil, o FII é uma comunhão de recursos direcionados à aplicação em ativos referentes ao mercado imobiliário. Fica a cargo da administradora, uma instituição financeira específica, constituir o fundo e promover o processo de captação de recursos junto a investidores por meio da venda de cotas.

Os recursos captados nessa comercialização podem ser usados para a aquisição de imóveis urbanos ou rurais, construídos ou em construção. Eles podem ser destinados a fins comerciais ou residenciais e para a aquisição de títulos e valores mobiliários relacionados ao setor imobiliário, como cotas de outros FIIs, Certificado de Recebível Imobiliário (CRI), Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e ações de companhias do setor imobiliário.

Não é permitido ao investidor resgatar as cotas antes do prazo de duração do fundo, pois ele é constituído sob a forma de condomínio fechado. A maioria dos FIIs tem tempo de duração indeterminado, não sendo estabelecida uma data para a sua liquidação. Por isso, caso o investidor decida sair do fundo, ele só conseguirá fazê-lo vendendo suas cotas no mercado secundário.

Vantagens dos FIIs no mundo dos investimentos

Conforme apontamentos da B3, os FIIs apresentam alguns benefícios no universo dos investimentos. Permitir ao investidor aplicar em ativos do mercado imobiliário sem ter que comprar um imóvel é a primeira delas. Assim, não há a necessidade de desembolsar todo o dinheiro normalmente exigido para essa aquisição.

A diversificação em variados tipos de ativos do mercado imobiliário também é mencionada. O acionista pode aplicar em FIIs de shopping centers, hotéis e residências, por exemplo. Além disso, as receitas geradas são distribuídas entre os cotistas periodicamente.

As chances de lucro são dinâmicas: quanto mais os preços dos imóveis do fundo aumentam, mais crescimento é registrado no patrimônio do fundo. A consequência desse encadeamento é a valorização das cotas.

Outra vantagem apontada pela B3 é a praticidade envolvida nesse tipo de investimento. Todo o conjunto de tarefas da administração de um imóvel — busca dos imóveis, procura de inquilinos, trâmites de compra e venda, impostos, manutenção — fica sob responsabilidade dos profissionais encarregados do fundo.

As pessoas físicas estão isentas de imposto de renda distribuído pelo FII. Para isso, algumas condições devem ser atendidas: as cotas do FII precisam ser admitidas à negociação somente no mercado de balcão organizado ou em bolsas de valores; já o fundo deve ter 50 cotistas, no mínimo.