Especialista explica relação entre infecção pelo coronavírus em gestantes e partos prematuros

Estudos apontam também registros de aumento na incidência de pré-eclampsia e até mesmo abortos

Doença relativamente nova, a infecção pelo coronavírus ainda é investigada e suas complicações continuam sendo descobertas. Recentemente, a esposa do DJ Alok, a médica Romana Novais, teve um parto prematuro, que teria ocorrido em decorrência do vírus. A situação acendeu o alerta das gestantes, que podem ter problemas durante a gravidez por conta da Covid-19. Ginecologista do Hapvida, Romeu Menezes Neto explica que Romana apresentou problemas na coagulação sanguínea e teve o nascimento do bebê antes do tempo previsto, fatos que podem estar relacionados com as complicações causadas pela Covid. De acordo com o especialista, estudos têm apontado que além do parto prematuro, também há registros de aumento na incidência de pré-eclampsia – um distúrbio da pressão arterial – e até mesmo abortos em decorrência da contaminação pelo coronavírus.

Ainda assim, o cenário continua sendo de pesquisas e análises sobre o comportamento do vírus nas gestantes. A transmissão da mãe para o feto, por exemplo, ainda não é algo cientificamente comprovado. “Não podemos afirmar que há a contaminação”, explica o médico, que ressalta a importância de as mulheres grávidas tomarem cuidado durante a pandemia. “As gestantes foram incluídas no grupo de risco para a Covid-19 e, por isso, devem redobrar as recomendações das autoridades de saúde”, pontua.

Momento de novidades e surpresas, a gravidez nesse período pode causar inquietações e, por isso, o profissional aconselha que as mães mantenham

a calma. “A maioria dos casos que aconteceram em gestantes foi de sintomas leves. Acalmem os corações e mantenham o pré-natal em dia, com todos os cuidados de higiene e isolamento social. Conversem com seu obstetra, tirem dúvidas. É um momento difícil, mas logo passará”, tranquiliza.

O Ministério da Saúde orienta que gestantes e puérperas até o 14º dia de pós-parto devem ser consideradas grupo de risco para Covid-19. Ainda conforme a pasta, a Vigilância Epidemiológica no Brasil tem reportado casos de óbitos maternos decorrentes de complicações cardiopulmonares ou falência múltipla dos órgãos relacionados à Covid-19. As principais comorbidades associadas à letalidade foram obesidade, diabetes e doença cardiovascular, à semelhança da população geral.

Sobre o Sistema Hapvida

Com mais de 6,7 milhões de clientes, o Sistema Hapvida hoje se posiciona como um dos maiores sistemas de saúde suplementar do Brasil presente em todas as regiões do país, gerando emprego e renda para a sociedade. Fazem parte do Sistema as operadoras do Grupo São Francisco, RN Saúde, Medical, Grupo São José Saúde, além da operadora Hapvida e da healthtech Maida. Atua com mais de 36 mil colaboradores diretos envolvidos na operação, mais de 15 mil médicos e mais de 15 mil dentistas. Os números superlativos mostram o sucesso de uma estratégia baseada na gestão direta da operação e nos constantes investimentos: atualmente são 45 hospitais, 191 clínicas médicas, 46 prontos atendimentos, 175 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial.