Defesa Civil reduz volume de represas da região para enfrentar período de chuvas

Equipes da Defesa Civil e Comitê verificam represas que serão rebaixadas nos próximos dias

No último final de semana, técnicos do SAAE de Lençóis Paulista, Defesa Civil e membros do Conselho Técnico do CGBH-RL (Comitê Gestor da Bacia Hidrográfica do Rio Lençóis) visitaram vários reservatórios que serão rebaixados nos próximos dias para servirem como contenção de volumes entre dezembro de 2018 e fevereiro de 2019, período crítico para chuvas.
O Procedimento Padrão de Monitoramento Climático e Ambiental (PPMCA), será homologado pelo presidente do CGBH-RL e Prefeito de Lençóis Paulista, Anderson Prado de Lima e encaminhado ao Ministério Público, que acompanha os trabalhos do CGBH-RL, por meio de um dos inquéritos ainda aberto sobre a inundação de 2016.
“Esse trabalho conjunto entre Defesa Civil, SAAE e Comitê Gestor da Bacia, órgão que reúne também vários municípios e empresas da nossa região, é fundamental para minimizar os efeitos da chuva. O rebaixamento das represas se mostrou muito eficiente no ano passado e também será feito nesse ano. Essa é uma ação concreta para combater as enchentes. No entanto, como presidente do Comitê e Prefeito de Lençóis Paulista é minha responsabilidade pedir à população, que mora, trabalha ou têm negócios nessa região, que fique alerta. Estamos todos empenhados para amenizar os efeitos das chuvas, mas essa é uma ação de longo prazo que começou há apenas dois anos. Já conseguimos avanços importantes, mas esses avanços não podem dar e ilusão de que o problema foi resolvido”, declarou Prado.
O CGBH-RL, instituído e acompanhado pelo Ministério Público como colegiado de gestão integrada da bacia do rio Lençóis em 2016 para gerenciar os passivos ambientais deixados pelos recorrentes eventos de inundações e enchentes, que sempre assolaram a bacia do rio Lençóis e a cidade de Lençóis Paulista, informa que foi finalizado depois de dois anos de trabalhos a gestão dos passivos ambientais que sempre colocou em risco a bacia hidrográfica.
A gestão de riscos empregada pela gestão integrada e compartilhada da bacia do rio Lençóis por meio do Comitê Gestor definiu como prioridades o uso de restrições e recomendações técnicas, para o uso, intervenções e conservação da bacia hidrográfica. O sistema de monitoramento empregado em 2017 e 2018 voltará a ser empregado no período crítico de 2019, com sistemas de monitoramento online de deflúvio do rio Lençóis, predição meteorológica usando a carta meteorológica da bacia do rio Lençóis e o sistema de contenção de transposição de volumes em microbacias hidrográficas.
O sistema de contenção de volumes em microbacias hidrográficas prevê a contenção de 1 milhão de metros cúbicos de chuvas em oito reservatórios localizados em três municípios da bacia do rio Lençóis. Além do monitoramento de deflúvio do rio Lençóis em tempo real com uma curva numérica capaz de se antecipar em 12 horas aos riscos de transbordo da calha do rio Lençóis.
Com o sistema empregado, é possível realizar uma transposição de volume do rio Lençóis em 2 horas movimentando um volume de 50.000m3/hora da montante para jusante e podendo evitar transbordos da calha para volumes precipitados de até 130 mm/m2, pontua o especialista em recursos hídricos, Sidney Aguiar, Coordenador Técnico de Recursos Hídricos do SAAE de Lençóis Paulista e Presidente do Conselho Técnico do CGBH-RL. Em janeiro de 2018, o sistema de controle empregado na bacia do rio Lençóis conseguiu bloquear o período de retorno bianual para enchentes, no entanto é bom ressaltar, que ainda existem riscos de inundações ou enchentes para as áreas de riscos em toda a bacia do rio Lençóis, principalmente em Lençóis Paulista e São Manuel, nas áreas urbanizadas nos entornos de rios.

Próximos passos

A partir de 2019, o CGBH-RL pretende intensificar a construção de uma agenda unificada de gestão de águas para a bacia do rio Lençóis com o objetivo de estabelecer ativos ambientais efetivos, maiores controles desses eventos climáticos e trabalhar de forma conjunta a conservação da bacia hidrográfica como um todo, afirma o biólogo, Antônio Carlos Perucci Junior,

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