Como acabar com a conta de água e luz

conta-luzImagine um dia em que não mais precisaremos pagar contas de água e energia. Parece uma utopia. Porém, esse dia chegou! Na Expo de Milão de 2015, os italianos da La Fabbrica del Sole apresentaram o espetacular Off Grid Box. A invenção nada mais é que um pequeno tanque que comporta dois painéis solares em sua estrutura, que por sua vez geram e acumulam até 20 kWp, convertidos em energia elétrica, o que corresponde a, aproximadamente, 1.300kWh por mês – o suficiente para manter uma mansão (ou comércio) funcionando. E a coisa não para por aí. O equipamento também consegue captar até 1.500 litros de água da chuva e a direciona para uma bomba, que possui um filtro UV, habilitando para consumo.

Além de ser enxuto, o aparelho também é adaptável, pode ser coberto, colorido e alojado em uma área externa, pois resiste às intempéries do ambiente. Tudo isso utilizando mecanismos limpos como água, vento e sol para suprir nossas necessidades.

Veja como funciona:

conta-luz2A proposta surgiu para ajudar pessoas em situações emergenciais, onde o acesso à eletricidade e água não sejam possíveis como, por exemplo, vítimas de eventos naturais. Mas também em locais remotos que sofrem com a escassez de fornecimento desses serviços, o que significa a possibilidade de promover uma revolução em seus vilarejos.

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O preço varia de acordo com os modelos, partindo de R$68 mil e indo até R$135 mil, onde é possível ter acesso à internet e sistema de aquecimento. Talvez demore um pouco para que essa maravilha esteja disponível no Brasil. Entretanto, as contas de água e energia estão com os dias contados.

Painel solar giratório gera 20x mais energia do que painéis comuns

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05/10/2016 – Quando se fala em painéis solares, as imagens que vêm à mente são sempre aquelas enormes placas fixas, instaladas em telhados ou em grandes terrenos. Mas, um modelo totalmente diferente pode ser a solução para elevar a eficiência e aproveitar ao máximo o poder do sol. Apelidada de V3Solar, esta tecnologia pode ajudar a produzir energia limpa em espaços muito menores. O sistema funciona de maneira extremamente inteligente, a partir de uma combinação entre células fotovoltaicas, lentes, giro dinâmico, formato cônico e sistemas eletrônicos avançados.

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O equipamento é formato por dois cones. O primeiro deles, interno, contém centenas de células fotovoltaicas triangulares conectadas e um concentrador de lente estático. A segunda camada é formada por uma série de lentes tubulares espaçadas igualmente. De acordo com os criadores da V3Solar, o cone rotativo está fixado em um ângulo de 56o, que permite o aproveitamento da luz do sol em qualquer horário do dia e em qualquer período do ano. Além disso, ele tem um sistema muito mais avançado de aproveitamento da luminosidade concentrada do que os sistemas já existentes.

Quando lentes ou espelhos são usados para refletir o sol em um ponto único, a tendência é que haja um superaquecimento do sistema, o que, consequentemente, reduz a eficiência da produção. Para evitar isso, a V3Solar tem um sistema giratório automático, que ajuda a aproveitar a luminosidade sem aquecer as células em excesso. Os testes realizados mostraram que a temperatura do equipamento não ultrapassa 35oC.

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A única perda do processo é a energia usada para girar as células. Mas, os criadores explicam que a quantidade é mínima, pois através do uso de um sistema magnético, é possível elevar o giro, sem gastar mais energia. Além disso, essa eletricidade já é obtida a partir do próprio sol. Todo o funcionamento da V3Solar é monitorado em tempo real, para mensurar a produção e as conduções do sistema. O equipamento está em fase de protótipo, mas a empresa já negocia parcerias para que ele seja produzido em larga escala.

O que são os sistemas fotovoltaicos off-grid?

Já pensou em uma maneira mais sustentável de se obter energia? Uma das fontes alternativas e renováveis que vem crescendo e ganhando cada vez mais espaço entre os brasileiros é a solar. O Brasil é um excelente mercado para o setor energético, pois a radiação solar média que incide sobre a superfície do país é de até 2300 quilowatt-hora por metro quadrado (kWh/m²), conforme o Atlas Solarimétrico da Cepel.

Um sistema de energia solar fotovoltaico (também chamado de “sistema de energia solar” ou ainda “sistema fotovoltaico”) é um modelo em que os componentes de seu kit funcionam de forma a realizar a captação da energia solar, e sua conversão em eletricidade. A energia produzida pode ser então utilizada no abastecimento da rede elétrica em larga escala, como acontece em usinas solares (setor energético comercial), mas também pode ser gerada em escalas menores, residenciais (energia solar para utilização doméstica). Além do sistema solar para geração de energia elétrica, há também aquele para energia térmica, que tem por objetivo a utilização da radiação solar para o aquecimento de água.

Apesar de alguns incentivos à utilização da energia fotovoltaica, que é um tipo de energia renovável (importante por possibilitar uma diminuição das preocupações em relação aos reservatórios das usinas hidrelétricas, que nos últimos anos têm sofrido com a falta de chuvas e com o excesso de sol), ainda podem ser observadas algumas dúvidas nos consumidores e interessados em aplicar esse sistema em suas residências ou em suas empresas. Como ele funciona? Qual o custo de sua instalação? O retorno
financeiro é vantajoso? Onde comprar? As perguntas são muitas. Algumas das respostas a estas perguntas podem ser encontradas em nossa matéria sobre os componentes do  sistema fotovoltaico, que você pode encontrar clicando aqui.

Para decidir como proceder em relação à compra dos componentes para seu sistema próprio de energia, a primeira coisa que se deve saber é que existem dois tipos de
sistemas fotovoltaicos: os conectados à rede (chamados on-grid ou grid-tie) e os que são o foco desta matéria: os isolados da rede ou autônomos (off-grid).

Sistemas isolados (off-grid)

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Com custos mais elevados que os sistemas on-grid, os sistemas isolados são caracterizados por não serem conectados à rede elétrica, ou seja, o sistema se auto-sustenta
através da utilização de baterias.

Por esse motivo, esse sistema é completo, e inclui todos os componentes citados em nossas matérias anteriores, sendo eles divididos em três diferentes blocos, que são:

• Bloco gerador: painéis solares; cabos; estrutura de suporte.
• Bloco de condicionamento de potência: inversores; controladores de carga.
• Bloco de armazenamento: baterias.

O sistema off-grid é utilizado principalmente para propósitos locais específicos, como, por exemplo, bombeamento de água, eletrificação de cercas, de postes de luz, etc.

A energia produzida é também armazenada em baterias, que por sua vez garantem o funcionamento do sistema em períodos com pouco, ou mesmo ausentes, de luz solar, como  dias nublados ou à noite. Ou seja, durante o dia, em momentos em que a produção de energia supera o consumo, este excesso é enviado ao banco de baterias para que, à  noite, quando o consumo é maior que a produção, essa energia possa ser utilizada para abastecer a rede ligada ao sistema. Por não serem conectados à rede, em um sistema isolado, não se pode utilizar mais energia de forma contínua do que aquela que é produzida pelos painéis.

Devido ao fato de as baterias serem a única fonte alternativa de energia para momentos ausentes de luz solar, é preciso dimensioná-las levando em conta as  características climáticas do local e a demanda de energia sobre o sistema. Em outras palavras, é preciso calcular direitinho quanta energia será necessária à  residência e levar em conta o clima local (pois pode acontecer de a localização ser mais propícia a dias chuvosos que ensolarados) para determinar qual a capacidade  máxima de armazenamento de energia das baterias será necessária – assim, garante-se que o sistema não será interrompido, evitando que o local fique sem energia.

Sistemas off-grid podem ainda ser de pequeno ou grande porte. Os de pequeno porte são aqueles que geram sua energia em menor escala, mas que ainda são independentes da energia elétrica convencional, vinda da rede. Algumas das vantagens desse tipo de sistema são:

• Redução do consumo de combustíveis fósseis;

• Aumento da disponibilidade de energia,

• Redução de custos.

Esses sistemas, quando de pequeno porte, são geralmente indicados para a utilização em antenas de comunicação, monitoramento de radares, residências e empreendimentos em locais remotos. De forma geral, possuem capacidade energética que varia entre 1,5 quilowatt-pico (kWp) e 20 kWp.

Já os Sistemas off-grid de grande porte são indicados para aqueles clientes com altas demandas energéticas, e que assim como aqueles consumidores de pequeno porte,  também estão situados em localizações de difícil acesso à rede. Estes locais, de forma geral, recebem altos índices de radiação solar, mas as fontes de energia mais  comumente encontradas como as responsáveis pelo atendimento dessa demanda são os geradores movidos a gasolina ou diesel. Assim, as vantagens do sistema off-grid para  empreendimentos de grande porte são:

• Redução da dependência de combustíveis fósseis;

• Diminuição das emissões de gás carbônico;

• Redução de custos com transporte de combustíveis,

• Diminuição do risco de acidentes.

Sistemas de grande porte são comumente aplicados em minerações, fazendas, comunidades isoladas, e empresas com fábricas em áreas remotas. No geral, apresentam capacidade energética que vai de 1 megawatt-pico (MWp) a 20 MWp.

Alguns outros pontos positivos observados para o sistema off-grid de forma generalizada, são:

• Este tipo de sistema pode ser utilizado em localizações mais remotas, onde há dificuldade de se obter energia elétrica. São ainda desenvolvidos pesquisas e projetos para a instalação deste tipo de energia fotovoltaica em aldeias indígenas, possibilitando o acesso dessas comunidades à energia elétrica.

• Fornece a energia de forma constante e ininterrupta.

Além da energia fotovoltaica ser considerada limpa por não gerar resíduos para além das placas e não causar danos ao meio ambiente, ela é um dos recursos renováveis mais promissores no Brasil e no mundo, pois causa impactos ambientais mínimos e reduz a pegada de carbono dos consumidores – estarão minimizando suas emissões ao optar por uma forma de obtenção de energia de baixo potencial danoso.

O tempo de retorno do investimento, no sistema fotovoltaico, é variável, e depende da quantidade de energia que o imóvel demanda. Apesar disso, a vantagem do sistema caseiro é a economia: uma vez atingido este tempo de retorno, a conta de energia não precisará mais ser paga. Energia do sol que se transforma em eletricidade “grátis”! Você irá economizar uma boa grana, podendo colocá-lo na poupança em vez de ser gasta sem trazer muitos benefícios.

Lembre-se de garantir que os componentes utilizados tenham a certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que realizou a  implementação da Portaria n.º 357 em 2014, com o objetivo de estabelecer regras para os equipamentos de geração de energia fotovoltaica.

Infelizmente, ainda há poucos incentivos e linhas de financiamento desse tipo de energia no Brasil, que são ainda de difícil acesso e pouca aplicabilidade. Espera-se  que, com a subida do consumo de sistemas de energia fotovoltaica, surjam novos incentivos, mais aplicáveis e acessíveis à habitação comum.

Fonte: As Toupeiras
http://www.ecycle.com.br/