A acanhada e importante ascensão das mulher

Desde que se tem conhecimento da existência do homem na face da terra, todas as posições ou cargos de destaque são ocupados por alguém do sexo masculino. No transcorrer dos anos coube ao homem tomar as decisões importantes, sobretudo aquelas que norteiam os destinos de um povo. Em todas as áreas, há sempre a figura de um homem na liderança. Foram necessárias muitas décadas para que a mulher deixasse os afazeres da casa para se dedicar – ainda de maneira acanhada –  às tarefas antes desempenhadas pelos marmanjos. Evidentemente houve progresso nesse aspecto, haja vista alguns países terem em seu comando a figura de uma mulher. Tomemos como exemplo Angela Merkel que assumiu a chancelaria da República Federal da Alemanha em novembro de 2005. Dalia Grybauskaitė presidente da (Lituânia), Park Geun-hye (Coreia do Sul), Marie Louise Coleiro Preca (Malta), Kolinda Grabar-Kitarović (Croácia), Helle Thorning-Schmidt (Dinamarca), Ellen Johnson Sirleaf (Libéria), Michelle Bachelet Chile), Margaret Thatcher, primeira-ministra do Reino Unido. No Brasil – só para citar algumas –  tivemos  lideranças também: Ana Maria de Jesus Ribeiro da Silva, conhecida como Anita Garibaldi, que foi a combativa esposa do herói italiano Giuseppe Garibaldi. Isabel Leopoldina de Bragança e Bourbon, (Princesa Isabel) que assinou a Lei Áurea em 1888.  Ana Néri a pioneira da enfermagem no Brasil. Prestou serviços voluntários, nos hospitais militares de Assunção, Corriente e Humaitá, durante a Guerra do Paraguai. Recentemente o Congresso Nacional destituiu do cargo a mineira Dilma Vana Roussef, primeira mulher da história do país a ocupar o posto de presidente da república. Curiosamente, atualmente, Suely Campos, de Rorâima, é a única mulher num universo de 26 governadores brasileiros. A aceitação da mulher em todas as áreas avança a passos lentos, haja vista que só em 1932 foi lhes dado o direito de votar. Hoje, tanto na Câmara como no Senado Federal a representação feminina é insignificante, embora as insignes parlamentares se destaquem na abordagem dos temas em pauta. Na cidade de São Paulo, terceira maior metrópole do mundo, apenas duas mulheres se elegeram prefeita: Luiza Erundina e Marta Suplicy. Nos 158 anos de Lençóis Paulista, a professora de música Izabel Cristina Campanari Lorenzetti foi a primeira mulher a reger os destinos do município. Ela foi eleita em 2008 e em 2012 foi reconduzida ao cargo para um mandato que expira no próximo dia 31 de dezembro de 2016. Na história do Poder Legislativo lençoense, seis senhoras se elegeram vereadora. São elas: Lidia Bertoli Neto, Maria Luiza Martins, Sueli Paccola, Cleuza de Fátima Ribeiro Spirandeli e na eleição de outubro de 2016, para um mandato de 4 anos, foram eleitas a advogada Mirna Justo e a professora Diusaleia Furlan. Apesar do avanço, sobretudo na área política, no setor profissional há muito por se fazer ainda. Por exemplo, a equiparação salarial. Desempenhando a mesma função o homem recebe o dobro do valor que recebe a mulher. Esses são detalhes que requerem atenção do poder público,  imediatamente.

Benedicto Blanco é jornalista e editor do site Lençóis Notícias